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Versos IV

A névoa espessa desce

Parece não haver horizonte

Mal sei se há sol além dela

A jornada é difícil e confusa

Continuo, brigo e me faço resiliente

Busco a dispersão da neblina

Quando atravesso o branco véu

Com a força do meu caminhar

Paraliso com as luzes e cores

Agora sei, cheguei ao Paraíso!

Denise Remor – Maio 2023

Versos II

Ouço cantos, versos

Ritmo de aforismos

Gritaria, zombaria

Vira na verdade, alegoria

Aquela folia, nublada

Embaçada da caminhada

Mau disfarçada, companhia

Hipocrisia da gargalhada

Fita a vida colorida

Na maioria cinza

Nublada, quiçá azulada

Máscara animada

Gosmenta, inanimada

Transformada em agonia

Pois, tem sabor de melancolia

Tudo acaba um dia

Liturgia ou filosofia

Acaba na tipografia.

Denise Remor – março 2023

Versos I

Sou mais esperta, quiçá, forte.

No ringue, constante

Pula nos pensamentos

Entranha no cérebro

Sangro como ferida

Nocauteio o desgraçado

Batalha diária, inglória

Volta a bater na porta

Cerro a passagem

Entendo a trava

Ele me conduz

Balança alternativas

Gangorras de possibilidades

Destrava pensamentos

Brigo, grito, sigo

Imobiliza nunca!

No término, penso,

Penso!

Cadê este maldito?

Para onde correu

Este facínora

Quantas vezes viola

Miserável me infecta

Vingança, é o expurgo

Constância do embate

Voltará num instante

Parceiro nas entranhas

Maldito, bendito

Nunca esquecido

Ele, o MEDO me consome

Me faz lutar

Só não me vence!

Denise Remor – fevereiro 2023