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Versos II

Ouço cantos, versos

Ritmo de aforismos

Gritaria, zombaria

Vira na verdade, alegoria

Aquela folia, nublada

Embaçada da caminhada

Mau disfarçada, companhia

Hipocrisia da gargalhada

Fita a vida colorida

Na maioria cinza

Nublada, quiçá azulada

Máscara animada

Gosmenta, inanimada

Transformada em agonia

Pois, tem sabor de melancolia

Tudo acaba um dia

Liturgia ou filosofia

Acaba na tipografia.

Denise Remor – março 2023

Ser mulher, mãe e profissional: Desafios e Conquistas no Caminho da Equidade

Uma das perguntas que constantemente faço é: Como é ser mulher, mãe e profissional?

Primeiro, nasci mulher, então este é o meu sexo. Não escolhi. Assim como todas que nasceram com o sexo feminino. Algumas mais tarde podem até ter optado por uma mudança de gênero, mas sexualmente continuam mulheres, a menos que tenham optado pela mudança disso.

Ser mulher em nossa sociedade até pouco tempo atrás era ser submissa, não ter direito de expressão e nem de cidadania (conquistamos o direito de votar apenas em 1932). Tudo começou a mudar com a Grande Guerra, pois as mulheres precisaram suprir o mercado de trabalho enquanto os homens estavam no front. A partir daí, começamos a lutar por mais direitos, mas ainda há diferença de salários e discriminação. As mulheres ocupam apenas 37% dos postos de liderança nas empresas ao redor do mundo (dados de 2022 – INSPER). Isso demonstra que ainda temos muito a conquistar. Precisamos reconhecer que avançamos e conquistamos muitos direitos. Ainda não estamos onde deveríamos, mas progredimos. Isso deve servir para nos estimular a seguir em frente.

Optamos por ser mães e a maternidade muitas vezes afeta nossas carreiras, pois precisamos nos dedicar aos filhos. Em um país onde a educação não é prioritária e há falta de creches, a opção pela maternidade, quando não se tem uma rede de apoio, se torna complicada. Isso leva algumas mulheres a não terem filhos ou não priorizarem suas carreiras.

Ser mulher e profissional também não é fácil, porque muitas vezes precisamos provar que somos muito mais qualificadas que os homens. Alguns ainda acreditam que as mulheres são mais sensíveis e emocionalmente mais difíceis de lidar do que os homens. Na verdade, não somos! Fazemos parte da mesma raça que o homem. Temos diferenças físicas, mas não intelectuais. E hoje, convenhamos, trabalhamos de igual para igual. Precisamos sim, nos qualificar para estarmos cada vez mais preparadas para o mercado de trabalho.

Um dado interessante que fará a diferença é que hoje apenas 18% dos homens brasileiros entre 25 e 34 anos têm curso superior, enquanto esse percentual sobe para 25% entre as mulheres na mesma faixa etária, as médias mundiais da OCDE são de 38% para os homens e 51% para as mulheres, dados de 2018 da BBC. Estamos nos qualificando mais, e em algum momento a disparidade salarial deve acabar, pois hoje convivemos com essa discrepância, as mulheres ganhavam em média 75% a menos que os homens entre 2012 e 2016 (IBGE).

E como conciliar tudo isso? Primeiro, ao escolher um parceiro, leve em consideração essas questões. Procure alguém que não seja machista, que respeite seu crescimento e que ajude. Criar filhos é uma tarefa a ser dividida, alinhem suas perspectivas. E não se esqueça de educar bem seus filhos, fazendo com que eles participem das tarefas caseiras, parece algo tão sem significado, mas isso faz uma grande diferença.

E conciliar estes desafios todos, tai algo que conseguimos fazer bem. Administramos bem nossas jornadas, não é fácil mais somos craques em cuidar dos filhos, da casa e da nossa vida profissional. Claro que tem um preço, mas de alguma forma conseguimos arrumar um tempo para nós mesmas, fazer algo que nos dá prazer ajuda.

Então procure algo que você goste, ler, assistir um filme, passear, ir para academia, algo que te dá prazer porque precisamos manter nossa individualidade e buscar equilíbrio para continuarmos sendo estas mulheres maravilhosas e nunca perca de vista que a luta continua por mais espaço e por mais direitos.

Foto: Denise Remor e seus dois filhos. A esquerda Victor Branco e a Direita João Branco

Expansão do mercado das Motos elétricas

O mercado das motocicletas elétricas continua se expandindo e criando ainda mais força em nosso país. Em 2021 foram vendidas no Brasil 1.622 unidades, de acordo com os dados da Abraciclo. Já em 2022 esse número mais que triplicou, segundo o balanço geral da Fenabrave, foram emplacadas mais de 7.200 motocicletas elétricas.

A expansão desse mercado também se reflete na chegada de novas montadoras ao Brasil, a última a confirmar sua vinda é a empresa Boram Electric Motors, que vai produzir suas motos elétricas na Zona franca de Manaus.

A inauguração da fábrica está prevista para julho deste ano, com foco em produzir em sua primeira leva mais de 300 unidades. Hoje a marca conta com cinco modelos em seu portfólio. Seus valores estão entre R$14.750,00 e R$19.900,00.

No entanto, as motos elétricas ainda não são muito comuns nas ruas brasileiras e ainda existem alguns desafios que precisam ser superados para que as motos elétricas ganhem mais popularidade no país.

Uma dessas barreiras é a falta de conhecimento e de mão de obra especializada na manutenção desses veículos. Como as motos elétricas têm um sistema de funcionamento diferente das motos a combustão, é necessário um treinamento específico para os profissionais.

Para isso, a Magnetron Cursos em parceria com a WRacing Moto School desenvolveu o primeiro Curso Avançado de Moto Elétrica, totalmente online.

Aprenda tudo sobre motocicletas 100% elétricas

Neste curso que é voltado para mecânicos e profissionais que desejam se especializar em manutenção de motos elétricas, sendo abordados conceitos básicos da eletricidade até a manutenção avançada do sistema elétrico da moto.

O curso é ministrado pelo instrutor Rodrigo Wildner, um professor altamente qualificado e que utiliza metodologias modernas e inovadoras, que garantem a excelência na formação dos profissionais.

Investir na qualificação dos profissionais é fundamental para o desenvolvimento do mercado de motos elétricas no Brasil. Com mais profissionais capacitados na área de manutenção, os proprietários de motos elétricas terão mais segurança e confiança na hora de adquirir um veículo desse tipo. Além disso, a capacitação dos profissionais é essencial para o crescimento da indústria de motos elétricas, que pode gerar empregos e desenvolvimento econômico para o país.

Na sua região já circulam muitos veículos elétricos? Qual sua opinião sobre esse mercado?

Para conhecer mais sobre o curso, acesse a página oficial da Magnetron Cursos.

O fascinante universo da Inteligência Artificial

Para os curiosos no assunto sobre Inteligência Artificial, eu tenho uma recomendação de leitura: o livro KA-LE-FU!

Kai-Fu Lee é um especialista em Inteligência Artificial (IA) e em seu livro “AI Superpowers: China, Silicon Valley, and the New World Order”, ele discute as implicações da IA e seu impacto na economia e na sociedade em geral.

Em sua obra, Lee argumenta que a IA está se tornando cada vez mais poderosa e capaz de substituir muitos trabalhos humanos, o que levará a mudanças significativas na força de trabalho e na economia global. Ele observa que a China e o Vale do Silício estão liderando a corrida para desenvolver a IA, com a China emergindo como uma forte concorrente no campo.

Lee também discute as implicações éticas da IA incluindo questões como privacidade, segurança e responsabilidade, bem como a necessidade de desenvolver uma abordagem equilibrada para o uso da IA que leve em consideração as preocupações humanas.

Em resumo, a obra de Kai-Fu Lee é uma reflexão sobre o futuro atual da IA, seus benefícios e desafios, bem como uma discussão sobre como a tecnologia está mudando o mundo e como devemos nos adaptar a essas mudanças.

Se você quer entender melhor como a Inteligência Artificial está mudando o mundo, explore este fascinante universo! 

Versos I

Sou mais esperta, quiçá, forte.

No ringue, constante

Pula nos pensamentos

Entranha no cérebro

Sangro como ferida

Nocauteio o desgraçado

Batalha diária, inglória

Volta a bater na porta

Cerro a passagem

Entendo a trava

Ele me conduz

Balança alternativas

Gangorras de possibilidades

Destrava pensamentos

Brigo, grito, sigo

Imobiliza nunca!

No término, penso,

Penso!

Cadê este maldito?

Para onde correu

Este facínora

Quantas vezes viola

Miserável me infecta

Vingança, é o expurgo

Constância do embate

Voltará num instante

Parceiro nas entranhas

Maldito, bendito

Nunca esquecido

Ele, o MEDO me consome

Me faz lutar

Só não me vence!

Denise Remor – fevereiro 2023

Qual é a necessidade do homem de se socializar?

Estes dias me deparei com a seguinte matéria: Empresa anuncia nova rodada de demissões e corta 10 mil funcionários.  A partir disso fiquei “maquinando” em meus pensamentos o motivo pelo qual se demite essa quantidade de pessoas, sem estar fechando ou mudando a empresa de local. Segundo o Correio Brasiliense, apenas este ano, as “big techs” já demitiram mais de 40 mil pessoas. Procurei algumas das razões e as que apareceram foram: Reestruturação, enxugamento e corte de gastos.

A pandemia do COVID – 19 nos trouxe compulsoriamente o mundo on-line, as empresas contrataram muito para atender essa alta demanda. E hoje o mercado está voltando para o trabalho presencial, aderimos algumas soluções digitais que vieram com essa fase, por um outro lado voltamos a nos conectar e a conviver em comunidade.

Escrevo isso para trazer o questionamento: Qual é a necessidade do homem de se socializar? O mundo digital onde nos falamos sem nos conhecermos, sem nos olharmos, onde o gestual muitas vezes não traduz a nossa linguagem corporal. No digital as relações são muito mais distantes, perdemos aquilo que nos transformou em “homo sapiens” o poder da fala, o poder de contar e dividir histórias.

Apesar da evolução do homem ao longo dos séculos, ainda buscamos segurança e rotina. Quando encontramos um lugar amigável, saudável e com perspectivas de crescimento para trabalhar, acredito que o desejo das pessoas é de querem ficar e criar raízes neste ambiente.

Claro, somos diferentes e alguns almejam novas perspectivas. Isso sempre fez parte da história. Mas também somos uma mídia que tem os mesmos anseios.

Ao longo de nossa história fizemos muitas escolhas e nem sempre foram as melhores.

Um grande exemplo é a revolução agrícola, que nos trouxe a desnutrição e várias doenças.

Antes o ser humano se alimentava exclusivamente daquele alimento que plantava, tínhamos uma dieta mais rica e com alimentos que supriam as necessidades de vitaminas. Prevenindo as mais diversas doenças. Precisamos entender melhor o que queremos e como estas escolhas irão impactar em nossas vidas e sociedade.

Sou a favor do caminho do equilíbrio e do bom senso. Escolhas erradas nos levaram a escravizarmos nossos iguais, simplesmente por terem características físicas diferentes, sendo que biologicamente somos iguais! Hoje olhamos para trás e temos consciência destes erros.

Quando as pessoas virão apenas meio para força produtiva, isso preocupa!

Quando contratamos um batalhão de gente e sabemos que aquelas pessoas possuem prazo de validade dentro da companhia porque isso representa uma “tração” momentânea no negócio, me preocupo.

E volto ao ponto do homo sapiens, acredito que todos buscam por segurança e bem-estar.

É justo estes contratados não saberem do risco de serem demitidos? Se souberem, e aceitarem as relações ficam bem mais claras!

Mas deixo a seguinte pergunta: Por ser um setor relativamente novo. Essas Big Techs podem fazer algo que as empresas tradicionais nunca fariam sem um ótimo motivo?

Minhas Leituras em 2022

Em 2022 realizei a leitura de 24 livros, uma estatística razoável para as 52 semanas de 2022. Uma média de de 2,166 livros por mês, a média de leitura por habitante no Brasil ao ano é de 4,96 (Instituto Pró-Livro). Estou bem acima desta marca. Creio porque gosto de viajar!

Mas o quero contar, é que nestes 24 livros vivi momentos inesquecíveis. Viajei por lugares incríveis através dos livros. Além de formular questões diferentes do meu dia a dia. Reli As Brumas de Avalon que tinha lido da adolescência e não me decepcionei. A magia e o encantamento continuaram e me levaram aos mundos encantados e as história do Rei Artur.

Viajei pelos países árabes com as histórias das mulheres oprimidas e sem vozes. Mergulhei na segunda guerra mundial, hora na resistência, hora na pele dos judeus e na loucura dos tiramos Hither e Stálin.

Passei por Recife e pelo sertão pernambucano na saga de duas irmãs. Amei o suspense de Ken Follett sobre o terceiro gêmeo, li numa sentada.

Minha cabeça se questionou, se debateu com Allan de Botton, onde encontrei respostas para muitas questões que me fizeram voar, aterrissar e processar conceitos vistos por ângulos diferentes. E a China que me fascina e eu tenho uma relação emocional, voltei a visitá-la pelo olhos de Jung Chang com as Três Irmãs, mulheres que construíram a história.

Andei pela África na doçura dos sentimentos e no relato de uma escrava brasileira, que também me trouxe a história brasileira sobre outros ângulos. Decifrei o sentimento de perda de um marido apaixonada por sua mulher depois de mais de 50 anos de casados.

Senti os sabores da Itália na visão de uma mulher deprimida que foi a Florença a procura da sua cura e encontrei a Carla Madeira com sua escrita densa e crua da realidade que me fez ler seus livros de um só fôlego.

Resumindo, meus amigos de 2022 deixaram saudade, aprendizado e a vontade de buscar sempre algo novo, diferente e instigante. Ler me transporta, traz repertório, conversas inusitadas, sentimentos de todas as espécies: Amor, raiva, indignação, tristeza, melancolia e outros.

Mas um livro nunca passa em branco, todos sempre acrescentam algo e sem dúvida todos foram ótimas companhias.

Confira os títulos que me acompanharam em 2022

  • Princesa mais lágrimas para chorar – Jean Sasson
  • Coração das Trevas – Joseph Conrad
  • O terceiro gêmeo – Ken Follett
  • Entre Irmãs – Frances de Pontes Peebles
  • Religião para ateus – Allan de Botton
  • O menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo – Charles Mackesy
  • As garotas Madalenas – V.S. Alexander
  •  Factfulness – Hans Rosling
  • A Traidora de Hitler – V.S.Alexander
  • O Poder do Hábito – Charles Duhigg
  • Três Irmãs – Jung Chang
  • Açúcar Queimado – Avni Doshi
  • Morte no Internato – Lucinda Riley
  • Hitler e Stálin – Laurence Rees
  • As Mulheres do Dia D – Sarah Rose
  • Tudo é Rio – Carla Madeira
  • Véspera – Carla Madeira
  • Bella Figura – Karin Mohammadi
  • As Brumas de Avalon – A Senhora da Mágia – Marion Zimmer Bradley
  • As Brumas de Avalon – A Grande Rainha – Marion Zimmer Bradley
  • As Brunas de Avalon – O Gamo Rei – Marion Zimmer Bradley
  • As Brumas de Avalon – O Prisioneiro da Árvore – Marion Zimmer Bradley
  • Uma questão de vida e Morte – Irvin Yalon
  • Um defeito de Cor – Ana Maria Gonçalves

E assim li 8.345 páginas

E vou continuar com minhas estáticas, comecei a fazê-las por sugestão do meu filho mais velho Victor Branco. E gostei disso, colocar em números minhas experiências literárias.

E que 2023 me aguarde, já tenho alguns na fila.

Ler também nos leva a viajar. Boa viagem a todos neste ano

Denise Remor – janeiro 2023

O que uma árvore plantada num parque pode nos ensinar sobre estratégia?

Me chama atenção nesta foto como ela mostra um planejamento estratégico de longo prazo, preste atenção na árvore plantada nesta praça e nos seus anéis em volta:

Memorial dos Veteranos da Guerra da Coréia está localizado no West Potomac Park de Washington, D.C

O primeiro dá uma folga para ela desenvolver e ganhar estrutura e quando ela estiver chegada ao tamanho do primeiro anel basta retirá-lo, então se ganha espaço para que se desenvolva por mais alguns anos. Isso chama visão a longo prazo.

Um país que tem este cuidado ao plantar suas árvores, imagino que deve ter com a construção e as estratégias para se manter como líder global.
Não quero entrar no mérito se as políticas americanas são as melhores ou não.
Quero registar que eles pensam a longo prazo e isso traz uma vantagem competitiva.
Olhar para o futuro imaginando onde se quer chegar facilita a estratégia. Seja ela de um país, de uma empresa ou mesmo na vida pessoal.


Planejamento sempre nos ajuda a sermos mais assertivos, olhar em volta e tirar lições destes encontros, muitas vezes inusitados, nos fazem ter repertório e encontrar soluções muito mais facilmente. Importante sempre olharmos através do ordinário para ver além do óbvio, procurar entender o sentido dos detalhes pois eles podem nos ensinar a ampliar os horizontes.


Sempre estou observando e buscando o porquê das coisas. Este exercício de perguntar a maioria das vezes me traz repostas interessantes que vão mais longe do óbvio.
Se é possível planejar o crescimento das árvores em um parque onde elas irão continuar lindas sem quebrar as calçadas, poderemos controlar outras situações com planejamento.

Abertura da Exposição “CADÊNCIA” de Jean Araújo

Tive a honra e felicidade de visitar a Exposição “Cadência” do artista Jean Araújo.

Suas obras têm um efeito de tridimensionalidade através do uso de cores que ele próprio produz e aplica sobre papel cartão, que a seguir recorta em pequenos círculos. Estes círculos, de enorme variação de cores, são aplicados sobre uma estrutura de pregos colocados sobre madeira em diferentes profundidades.

Desta forma, o artista cria uma impressão de planos em degrade; mas ao nos aproximarmos, temos a sensação de tridimensionalidade e percebemos um efeito óptico que atrai e encanta.

A exposição permanecerá até 10 de dezembro.
Endereço: Av. Batel, 1750 lojas 07, 08, 10 e 12
Galeria Zilda Fraletti – Design Center Curitiba – PR – Brasil