Meus pensamentos ficam de lá para cá, mais parecem lufadas de ar. Me inquietam e na maioria das vezes são inconclusivos. Gosto disso, pois tê-los fechados podem deixá-los cristalizados.
Gosto desta inconsistência de poder estar em constante inquisição comigo mesmo.

Claro, que tenho minhas opiniões e meus princípios muito bem consolidados.
Não é sobre isso que escrevi, mas sim sobre a minha capacidade de estar em constante questionamento sobre os mais diversos assuntos. Até porque a vida é movimento, tem ciclos. E por estar em constante movimento, eu estou diferente a cada dia. Minhas experiências e vivências fazem com que eu mude através do conhecimento e das experiências diárias.

Meu olhar de ontem não é o mesmo de hoje.
Espero que minha maturidade me traga sabedoria.
É disso que falo, ter a consciência que posso melhorar e modificar meus conceitos de acordo com o crescimento.

Poder pensar no meu real tamanho, onde minha pequenez muitas vezes se agiganta. Sem nunca deixar de ser pequena, a grandeza está dentro do meu eu, voltada apenas para meu ego.

Poder divagar sobre meus ”eus” e meus conceitos filosóficos de vida me instiga.
Me dou o direito de todos os dias me encontrar com minhas perguntas e minhas reflexões, isso me torna mais colorida. Não gosto de ser monocromática.

A trajetória precisa de cores, sabores e questionamentos. Independentes se são melhores ou piores.
Necessito deles no meu cotidiano.

Simples assim!

Denise Remor – novembro 2022

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